quinta-feira, abril 23, 2009
já agora, por falar em dear e em remixes... porque não?
... se bem que o original é bem melhor! (cf. infra...)
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music and words
terça-feira, abril 21, 2009
por detrás do vidro negro em que me acabo
ouço um piar baixinho, vindo de dentro e que clama,
clamando seus clamamentos,
com seus clamares afoitos,
mas num piar baixinho, como um sufoco que chora,
chora, seus choramentos.
e por detrás do vidro negro em que me encerro
não vejo o mundo, e nem o sinto,
porque provindo de dentro dele não ouço nada...
só o teu clamar baixinho,
teu clamamento,
que junto ao meu me encerra por detrás do vidro,
num desmedido jorro de choramentos.
clamando seus clamamentos,
com seus clamares afoitos,
mas num piar baixinho, como um sufoco que chora,
chora, seus choramentos.
e por detrás do vidro negro em que me encerro
não vejo o mundo, e nem o sinto,
porque provindo de dentro dele não ouço nada...
só o teu clamar baixinho,
teu clamamento,
que junto ao meu me encerra por detrás do vidro,
num desmedido jorro de choramentos.
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duas palavras de quase fim,
se me perguntardes
Compete-me rasgar as folhas em que escrevi vendavais.
Compete-me lançar fogo aos desalinhos da mente.
Compete-me fechar os olhos ao mundo que me desvia.
Compete-me, enfim, a mesma dor.
e Cumpre-se um destino cheio de nadas.
Compete-me lançar fogo aos desalinhos da mente.
Compete-me fechar os olhos ao mundo que me desvia.
Compete-me, enfim, a mesma dor.
e Cumpre-se um destino cheio de nadas.
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duas palavras de quase fim,
se me perguntardes
terça-feira, abril 14, 2009
por vezes as boas notícias passam discretamente sob o nosso olhar entorpecido
Noticia-se hoje, no Público, e também nos jornais locais, o projecto de investigação transdisciplinar em curso desde há uns anos, e que merece os encómios que os media lhe reservam, em boa hora.
A moderna história da arte concebe-se deste modo, utilizando uma equipa de investigação transdisciplinar norteada em favor de uma causa, ou de um problema teórico que urge resolver-se. As ciências ditas sociais e humanas devem mover-se, em termos metodológicos, e com as devidas alterações promovidas pelos meios que possuem para produzir hipóteses e para diminuir os erros, no mesmo horizonte que as ciências ditas exactas e, nessa medida, concebe-se o objecto de trabalho como um problema que merece resolução integrada. A tecnologia ao serviço da história da arte (ou o contrário) promove um conjunto de bens ciéntíficos de grande fortuna cultural. E o que escapa a uns, enquanto processo de trabalho, pode não escapar a outros, consubstanciando-se assim um elo de conhecimento integrado que merece aplausos, e que dispõe a levantar os véus ao tempo, conduzindo-nos por outros caminhos que, até então, faziam parte de um horizonte utópico e irreal.
Neste sentido, a feliz e oportuna companhia científica, miscigenando a Física, a Química e a História da Arte, surte efeitos devastadores.
Dedicando alguns dos meus anos a investigar o trabalho escultórico coimbrão quinhentista, senti a falência do trabalho teórico sem a justa coadjuvação com os meios tecnológicos que a moderna ciência (também) coloca, com grande facilidade, à disposição das ciências humanas. O estudo consertado da arte é assim mesmo que tem de realizar-se, nesta integração científica onde se cruzam saberes solidificados, produzindo-se resultados que abalam o tradicional mecanismo teórico e especulativo, sustentado apenas pelos meios empíricos e pela exegese documental.
O trabalho que a Faculdade de Ciências e Tecnologia (UC) desempenha conjuntamente com a Faculdade de Letras (UC) vem demonstrar que o saber científico não tem barreiras, e que as velhas querelas epistemológicas só podem ler-se à luz da história da epistemologia.
A moderna história da arte concebe-se deste modo, utilizando uma equipa de investigação transdisciplinar norteada em favor de uma causa, ou de um problema teórico que urge resolver-se. As ciências ditas sociais e humanas devem mover-se, em termos metodológicos, e com as devidas alterações promovidas pelos meios que possuem para produzir hipóteses e para diminuir os erros, no mesmo horizonte que as ciências ditas exactas e, nessa medida, concebe-se o objecto de trabalho como um problema que merece resolução integrada. A tecnologia ao serviço da história da arte (ou o contrário) promove um conjunto de bens ciéntíficos de grande fortuna cultural. E o que escapa a uns, enquanto processo de trabalho, pode não escapar a outros, consubstanciando-se assim um elo de conhecimento integrado que merece aplausos, e que dispõe a levantar os véus ao tempo, conduzindo-nos por outros caminhos que, até então, faziam parte de um horizonte utópico e irreal.
Neste sentido, a feliz e oportuna companhia científica, miscigenando a Física, a Química e a História da Arte, surte efeitos devastadores.
Dedicando alguns dos meus anos a investigar o trabalho escultórico coimbrão quinhentista, senti a falência do trabalho teórico sem a justa coadjuvação com os meios tecnológicos que a moderna ciência (também) coloca, com grande facilidade, à disposição das ciências humanas. O estudo consertado da arte é assim mesmo que tem de realizar-se, nesta integração científica onde se cruzam saberes solidificados, produzindo-se resultados que abalam o tradicional mecanismo teórico e especulativo, sustentado apenas pelos meios empíricos e pela exegese documental.
O trabalho que a Faculdade de Ciências e Tecnologia (UC) desempenha conjuntamente com a Faculdade de Letras (UC) vem demonstrar que o saber científico não tem barreiras, e que as velhas querelas epistemológicas só podem ler-se à luz da história da epistemologia.
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quarta-feira, abril 01, 2009
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