É de facto com uma profunda tristeza que constato na nossa vivência isso mesmo, toda a artificialidade e falsidade que se encontra na sociedade, nos individuos, no toque no pensar e até no ser...
De facto assim é... Mas imagine o contrário. Como seria se tudo o que nos rodeia fosse realmente verdadeiro? Por vezes, é bom que seja mesmo tudo falso...
Segundo o pintor citado, um dos papéis que cabe ao artista é o de expor o homem a si mesmo, ou lembrar-lhe o que ele é na realidade, para o fazer pensar e para lhe provocar um «choque» que o arrede do não autêntico, de forma a descobrir todas as suas possibilidades.
Mas... pergunto eu, que até concordo com o autor, se o homem sair do seu estado de alienação poderá descobrir algo de terrível, não? O contacto com os problemas mais profundos da exitência é altamente prejudicial ao homem, na medida em que o faz sofrer irremediavelmente, porque não conseguirá fazer dele um homem coberto de felicidade... numa palavra, em certos contextos de sobrivivência melhor é o artifício e a falsidade, que a descoberta do real.
Concordo com os dois pontos de vista, com o da realidade e com o do ideal digamos assim. Mas usando uma frase do filme Matrix, "A ignorância é uma benção", por um lado temos uma alienação por parte da sociedade, alienação que julgo existir neste momento no mundo. Uma profunda vivência do faz de conta alimentada pelos media a todos os níveis, levando a sociedade a acreditar nas mais absurdas realidades. Por outro lado e usando palavras de Fernando Pessoa, e entrando no ponto de vista também artistico, "o poeta é um fingidor, Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor", aqui está demonstrado o ponto de vista do ideal e em tudo o que nos faz abstrair da realidade aliviando assim as nossas preocupações e dores imensas da vida. Agora se será esta atitude benéfica do ponto de vista humano torna-se muito discutivel e até na minha opinião um pouco filosófico. Aproveite e deixe um comentário no meu blog. E também gostava de saber, sendo ainda muito cedo, como serão os trabalhos previstos para a disciplina. Grato
Concordo, como é evidente, que vivemos num estado de perfeita alienação ou melhor, vivemos constantes alienações... a maior e mais geral promovida pelo Estado do Bem-Estar, como escreveu marcuse durante os anos 70 do séc. passado, num texto actualíssimo que fala sobre as sociedades e a industrialização-tecnologia. As sociedades tecnológicas também formatam as pessoas..., enfim, um dia coloco aqui um post sobre isso, não tardará.
Quanto ao que me pergunta sobre a disciplina (sociologia da arte), devo dizer que o Blog já não é um material para o acompanhamento dos alunos da UAb. Se quiser colocar questões relacionadas com as (agora chamadas) unidades curriculares, peço que o faça noutro espaço ainda activo, que é o fórum da simplesnet, ou que espere pelo início do ano lectivo para consultar a pp. web que agora realizo para o efeito, ou envie-me um e-mail, quando quiser. Vá aparecendo, Carla Alexandra Gonçalves
5 comentários:
É de facto com uma profunda tristeza que constato na nossa vivência isso mesmo, toda a artificialidade e falsidade que se encontra na sociedade, nos individuos, no toque no pensar e até no ser...
De facto assim é... Mas imagine o contrário. Como seria se tudo o que nos rodeia fosse realmente verdadeiro? Por vezes, é bom que seja mesmo tudo falso...
Segundo o pintor citado, um dos papéis que cabe ao artista é o de expor o homem a si mesmo, ou lembrar-lhe o que ele é na realidade, para o fazer pensar e para lhe provocar um «choque» que o arrede do não autêntico, de forma a descobrir todas as suas possibilidades.
Mas... pergunto eu, que até concordo com o autor, se o homem sair do seu estado de alienação poderá descobrir algo de terrível, não? O contacto com os problemas mais profundos da exitência é altamente prejudicial ao homem, na medida em que o faz sofrer irremediavelmente, porque não conseguirá fazer dele um homem coberto de felicidade... numa palavra, em certos contextos de sobrivivência melhor é o artifício e a falsidade, que a descoberta do real.
Concordo com os dois pontos de vista, com o da realidade e com o do ideal digamos assim. Mas usando uma frase do filme Matrix, "A ignorância é uma benção", por um lado temos uma alienação por parte da sociedade, alienação que julgo existir neste momento no mundo. Uma profunda vivência do faz de conta alimentada pelos media a todos os níveis, levando a sociedade a acreditar nas mais absurdas realidades. Por outro lado e usando palavras de Fernando Pessoa, e entrando no ponto de vista também artistico,
"o poeta é um fingidor,
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor",
aqui está demonstrado o ponto de vista do ideal e em tudo o que nos faz abstrair da realidade aliviando assim as nossas preocupações e dores imensas da vida.
Agora se será esta atitude benéfica do ponto de vista humano torna-se muito discutivel e até na minha opinião um pouco filosófico.
Aproveite e deixe um comentário no meu blog.
E também gostava de saber, sendo ainda muito cedo, como serão os trabalhos previstos para a disciplina.
Grato
Prezado Senhor Orlando,
Concordo, como é evidente, que vivemos num estado de perfeita alienação ou melhor, vivemos constantes alienações... a maior e mais geral promovida pelo Estado do Bem-Estar, como escreveu marcuse durante os anos 70 do séc. passado, num texto actualíssimo que fala sobre as sociedades e a industrialização-tecnologia. As sociedades tecnológicas também formatam as pessoas..., enfim, um dia coloco aqui um post sobre isso, não tardará.
Quanto ao que me pergunta sobre a disciplina (sociologia da arte), devo dizer que o Blog já não é um material para o acompanhamento dos alunos da UAb. Se quiser colocar questões relacionadas com as (agora chamadas) unidades curriculares, peço que o faça noutro espaço ainda activo, que é o fórum da simplesnet, ou que espere pelo início do ano lectivo para consultar a pp. web que agora realizo para o efeito, ou envie-me um e-mail, quando quiser.
Vá aparecendo,
Carla Alexandra Gonçalves
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