sexta-feira, dezembro 21, 2007

da natividade

Não posso deixar de pensar, sem encontrar resposta para tal coisa, porque na natividade penso mais nos defuntos do que durante a época pascal.
Chego perto do Natal e penso tanto na falta que me fazem os que já partiram…, e na falta que poderei vir a provocar se eu própria vier a partir…, e noutras causas e faltas que possam relacionar-se com a morte, e por mais que tente pensar que esta quadra é de vida… sem querer, penso sempre e sempre na desdita.
E fecho os olhos e concentro-me vezes a fio: pensa na vida, vá, pensa na vida... mas é escusado, porque mesmo de olhos fechados e concentrada, penso imediatamente na morte!
Desisto exausta.
Então encho a casa de luzes e de estrelas e de luas, muitas… E fico quietinha lá debaixo das luzes a esforçar-me por não pensar em nada senão nas ondas cintilantes que preenchem o meu espaço. Não devo pensar em nada no natal, depreendo, porque só consigo, por mais que tente, pensar na morte.
E penso na morte dos meus, e na morte dos outros, e nas tantas mortes já morridas e nas que ainda estão por morrer…
Sacudo-me para livrar-me dos pensamentos ensombrados, quase pecaminosos e, por momentos, eis que até consigo! Nessas alturas, e por segundos, vejo então, e mentalmente, a imagem de um menino dador de vida a nascer numa noite relentosa, mas com calores, mas logo me tange o gosto um fel meloso, e sinto a presença dos que partiram, dos que não comem, dos que tremem, e dos sozinhos, dos tantos que padecem dos tantos padecimentos possíveis, e a imagem daquele bambino rotundo e alegre dos quadros renascentistas se desvanece.
A folha de rosto do meu natal psicológico é de rudeza e de dor, pestilento e cavernoso, mas com as luzes que coloco portas adentro, construo um mundo imaginário e fico nele, ponho nele os meus bonecos de vida, enquanto eles não sabem que, afinal, no natal pensamos mais nos nossos mortos do que durante a quadra pascal.
É por isso que do fundo de mim desejo a todos que consigam fechar os olhos e pensar na vida, durante esta quadra marcada a tons de um rubro vivo e infinito, como a … morte.

terça-feira, dezembro 18, 2007

Jazz Klub

Na noite de 11 de Dezembro, no Jazz Klub Tygmont, em Varsóvia, assisti a um concerto que não esquecerei tão cedo, pelos Krzysztof Herdzin Trio. Não há dúvida de que em Varsóvia tudo pode acontecer, e ainda bem, por agora, já bem longe das tantas ruínas sangrentas...

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Thanks Lucien

AbrAxas



assim parto para Varsóvia
cheia de utopia na bagagem
e com uma mala na mão cheia de textos
e de imagens
e de cigarros
hasta...
c.

I'm a little girl...

Air - Once Upon a Time Video



«No time before it's too soon
No time after it's too late
Time's getting old, time's over now
Don't try to be on time
Don't try to run after time
Time's getting on, time's over now

I'm a little boy, you're a little girl
Once upon a time
I'm a little boy, you're a little girl
Once upon a time
Time's getting on, time's over now
I'm a little boy, you're a little girl
Once upon a time
I'm a little boy, you're a little girl
Once upon a time
Time's getting on, time's over now

I'm a little boy, you're a little girl
Once upon a time
I'm a little boy, you're a little girl
Once upon a time
Time's getting on, time's over now
I'm a little boy, you're a little girl
Once upon a time
I'm a little boy, you're a little girl
Once upon a time
Time's getting on, time's over now ...»