quarta-feira, setembro 24, 2008

Músicas para um fim de tarde em lugares onde nada pode acontecer


DIGITALISM, Zdarlight...
yeah!

SOFT VERDICT, Struggle For Pleasure...

Aos estudantes de Sociologia da Arte dos Países de Expressão Portuguesa inscritos na Universidade Aberta

Por saber que muitos dos (meus) estudantes dos Países de Expressão Portuguesa visitam este blog, e porque não tenho, ou porque não me lembro com a rapidez desejável, de outro meio senão este para divulgar uma notícia, deixo aqui uma mensagem sobre o manual da uc (Sociologia da Arte, n.º 31119) que entendo ser importante. Esta mensagem também resulta de um facto: um dos estudantes em causa escreveu, na folha do seu exame (de um grupo que ainda agora terminei de corrigir), que não dispunha dos materiais necessários para o estudo.

A uc dispõe de um livro electrónico. Trata-se de um Manual, titulado Sociologia da Arte, e que durante o ano passado esteve alojado no site da Uab, no link referente aos Cadernos de Apoio. Aos estudantes, devidamente inscritos, bastava aceder ao lugar em causa, mediante um login e uma password (os mesmos que funcionam para outros links, tal como o Portal Académico, entre outras ferramentas…). Dali em diante, surgiria um pdf com o livro que o estudante imprimiria sem quaisquer problemas (desde que apetrechado com uma impressora).

Porque a Sociologia da Arte é uma uc do segundo semestre, vamos aguardar, no sentido da Uab disponibilizar este recurso que, ou ficará no mesmo lugar, ou noutro semelhante, e de livre acesso aos estudantes nela inscritos (oriundos de qualquer parte do mundo).

Nesta medida, creio que os estudantes (neste caso os estuantes PEP) de Sociologia da Arte não estão em desvantagem, no que concerne ao acesso aos materiais. Foi também a pensar neles que decidi escrever o livro, porque entendo que é mais fácil descarregar este material da net, do que encomendar livros, em formato scripto, nas livrarias do costume.

Fica então aqui a notícia sobre o Manual de Sociologia da Arte, esperando que esta mensagem, mesmo sem ter sido colocada dentro de uma garrafa deitada ao mar, chegue a Angola, a Moçambique, a Cabo Verde, a São Tomé, à Giné-Bissau e, porque não, aos demais espaços de onde provêm os meus alunos.
Aguardando retorno me subscrevo,
c.a.g.



algumas Palavras-chave:
facto artístico,
facto social,
Karl Marx,
materialismo histórico,
Georges Plekhanov,
Trotsky,
György Luckács,
Galvano della Volpe,
Max Raphaël,
Arnold Hauser,
Pierre Francastel,
Frederick Antal,
Nicos Hadjinicolaou,
Theodor Adorno,
Herbert Marcuse,
Walter Benjamin,
Giulio Carlo Argan,
Vincenç Furió,
mercado da arte,
públicos da arte,
estética da recepção,
história social da arte,
dimensão social da arte,
(...)

quinta-feira, setembro 18, 2008

Tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto é fado



Descobri agora mesmo porque é que em certos lugares da Europa mais a leste, e de fronteira com a Ásia, é costume encontrar caras como esta aqui ao lado

Caso não queira optar por esta magnífica dentadura doirada, comece por clicar aqui , accionando um mecanismo que, certamente, vai inibir a banca portuguesa, preparadíssima para mais uma sádica manobra.

De qualquer forma, e caso seja mesmo necessário, podem os portugueses adoptar a moda dos tentes todos-de-ouro, transformando as suas dentaduras biológicas em algo que pode valer-lhes mais a pena.

terça-feira, setembro 16, 2008

aurora


de Saturno a 28 de Janeiro de 2004

quando os meus dedos repousam sobre as pálpebras macilentas do olhar quebrado em gelos do mundo que chora o tempo que assim falece, sei por dentro que a vida azula no lugar deixado vago pela paixão.

e que olhos macilentos tem o mundo,
e que boca seca geme nele, no buraco das entranhas em dias feitos de névoas,

quando os meus dedos jamais sentirem esse encalço de chão chamarei a mim as fímbrias do teu corpo para nele banhar a alma fluidificada e ténue como nunca, prenhemente viva, e tão longe da memória da velha terra encarnescida.
dos sítios em que a tua mão tocou meu dedos nascerá o limbo e, com o passar dos mil dias de chuva e de outros sóis, cristalizará o tempo para que, no firmamento, retumbem, vibrantemente, os mil trovões.