Fantástico, C. !!!! Por mais que veja estas coisas do Banksy nunca deixo de me espantar, de sorrir, de gargalhar, de me revoltar, de chorar, de ter esperança, de ter inveja ... já deves conhecer, mas aqui fica o registo em imagens da acção Paris Hilton :
http://www.ubu.com/film/banksy.html
Quem me dera ter tanta lata (de tinta, também ...) !!!
Pois é, JB! Para além da lata (de tinta também), como eu gostava de ter tempo para fazer destas e doutras coisas... agora que estou atolada em trabalho... sem tempo para nada. O que me fascina é esta possibilidade de viver, vivendo. Quem me dera poder viver, vivendo. Viver expressando, incrementando, gritando e a construir mundos... daqueles mundos que só vivem dentro de nós, e prenhes de uma beleza apaziguadora. Mas não. A páginas tantas do nosso tempo ele se-nos-foge e ficamos lisos de tempo para viver vivendo, naquela beatitude adolescente, quando o tempo era largo, quando tudo aquilo em que tocávamos consubstanciava um acto criativo.
Agora não. Agora a minha expressão é muda, como o trepidar áspero dos dias céleres. Parece que corro, mas não saio do meu lugar de onde a tudo chego e de onde nada alcanço.
E porque não posso viver vivendo, vou mascando a minha carne, e de dentro dela sai, de quando em vez, uma pesada lágrima que me diz de mim tantas vezes...
E resta-me agora mergulhar novamente no crepitar do tempo em tons de aceleração, para o cumprimento do dia. Daqui a nada estou feita em águas mornas à custa deste patife do tempo que não me larga o pé para fazer de outras coisas que também gosto.
Peguemos na lata de tinta para pintar o tempo, pode ser que ele fique preso àquela mistela pegadiça que não o deixe passar...
Pois : vou treinar umas estocadas com o pincel encharcado de tinta. Jedi com um sabre de tinta para retorcer a teoria da relatividade, tempo e espaço a estrebuchar a meus pés. E então, estás à espera de quê? Fight Time, Fight the power !!!
Credo!! Oh, C., mas que raio de escrita que só me fez ter vontade de ter sido eu a escrever e, em simultâneo, me deixa aqui a pensar - anda lá, vamos num copo-de-Quebra - que estas coisas faladas com palavras de som fluem diferentes e ando a precisar de ouvir vozes... mesmo que digam estas coisas no tom em que me revejo e que tento furiosamente contrariar. Escrever sem vírgulas, escrever sem pontos, escrever sem esperas apetece-me. Ando é farta de esperas. De todas e de algumas mais que d'outras! Nunca nos fartemos da Vida, essa que importa. Nem quando nos contrariam os desejos, as forças, as horas, as coisas todas que gostaríamos de fazer e parece que o tempo nos escorre sem sequer passar por entre os dedos. Felizmente há estas formas prontas de dizer mais alto o que vai na alma... quem me dera ter o traço deste magnífico Banksy! :) É de génio tanta coisa que nos traz e tanto que grita longe cada imagem que ali nos deixa, não é? A sério que adoraria ver "a marca" dele aqui por esta terra... Há aqui bem perto (é verdade que é uma simples frase escrita a verde numa velha parede carcomida) uma ideia-força falada assim: Só não revolução porque não há revolucionários. Razões há de sobra... Pois é! Ando farta de pensar antes de agir. Ando com vontade de fazer como canta o Chico,
Aja duas vezes antes de pensar! ;) Ah, se eu fosse Banksy...
éme. podes não ser o Banksy, esse fantasma que nunca ninguém viu, mas és a éme que sente, que vibra, que sonha, que quer ouvir os sons da voz, que pensa, que investiga e que abre as asas e que voa, se parar de pensar antes de atirar-se do topo da sua árvore cá para baixo...
às vezes também eu queria ser como tantos outros heróis que tenho mas, pensando bem, não quero ser nenhum deles. A vida tem momentos aborrecidos até mesmo para os heróis, como sabemos. E o pior aborrecimento, para os nossos heróis e artistas, é o facto deles saberem que esperamos sempre demais das suas acções. É aborrecido saber que não se pode falhar... Sim, um quebra copo a estourar num destes dias é uma ideia. um bj. c.
5 comentários:
Fantástico, C. !!!! Por mais que veja estas coisas do Banksy nunca deixo de me espantar, de sorrir, de gargalhar, de me revoltar, de chorar, de ter esperança, de ter inveja ... já deves conhecer, mas aqui fica o registo em imagens da acção Paris Hilton :
http://www.ubu.com/film/banksy.html
Quem me dera ter tanta lata (de tinta, também ...) !!!
Pois é, JB! Para além da lata (de tinta também), como eu gostava de ter tempo para fazer destas e doutras coisas... agora que estou atolada em trabalho... sem tempo para nada. O que me fascina é esta possibilidade de viver, vivendo. Quem me dera poder viver, vivendo. Viver expressando, incrementando, gritando e a construir mundos... daqueles mundos que só vivem dentro de nós, e prenhes de uma beleza apaziguadora. Mas não. A páginas tantas do nosso tempo ele se-nos-foge e ficamos lisos de tempo para viver vivendo, naquela beatitude adolescente, quando o tempo era largo, quando tudo aquilo em que tocávamos consubstanciava um acto criativo.
Agora não. Agora a minha expressão é muda, como o trepidar áspero dos dias céleres. Parece que corro, mas não saio do meu lugar de onde a tudo chego e de onde nada alcanço.
E porque não posso viver vivendo, vou mascando a minha carne, e de dentro dela sai, de quando em vez, uma pesada lágrima que me diz de mim tantas vezes...
E resta-me agora mergulhar novamente no crepitar do tempo em tons de aceleração, para o cumprimento do dia. Daqui a nada estou feita em águas mornas à custa deste patife do tempo que não me larga o pé para fazer de outras coisas que também gosto.
Peguemos na lata de tinta para pintar o tempo, pode ser que ele fique preso àquela mistela pegadiça que não o deixe passar...
Pois : vou treinar umas estocadas com o pincel encharcado de tinta. Jedi com um sabre de tinta para retorcer a teoria da relatividade, tempo e espaço a estrebuchar a meus pés. E então, estás à espera de quê? Fight Time, Fight the power !!!
JB
Credo!!
Oh, C., mas que raio de escrita que só me fez ter vontade de ter sido eu a escrever e, em simultâneo, me deixa aqui a pensar - anda lá, vamos num copo-de-Quebra - que estas coisas faladas com palavras de som fluem diferentes e ando a precisar de ouvir vozes... mesmo que digam estas coisas no tom em que me revejo e que tento furiosamente contrariar.
Escrever sem vírgulas, escrever sem pontos, escrever sem esperas apetece-me. Ando é farta de esperas. De todas e de algumas mais que d'outras!
Nunca nos fartemos da Vida, essa que importa. Nem quando nos contrariam os desejos, as forças, as horas, as coisas todas que gostaríamos de fazer e parece que o tempo nos escorre sem sequer passar por entre os dedos.
Felizmente há estas formas prontas de dizer mais alto o que vai na alma... quem me dera ter o traço deste magnífico Banksy! :)
É de génio tanta coisa que nos traz e tanto que grita longe cada imagem que ali nos deixa, não é?
A sério que adoraria ver "a marca" dele aqui por esta terra...
Há aqui bem perto (é verdade que é uma simples frase escrita a verde numa velha parede carcomida) uma ideia-força falada assim:
Só não revolução porque não há revolucionários. Razões há de sobra...
Pois é!
Ando farta de pensar antes de agir. Ando com vontade de fazer como canta o Chico,
Aja duas vezes antes de pensar!
;)
Ah, se eu fosse Banksy...
éme. podes não ser o Banksy, esse fantasma que nunca ninguém viu, mas és a éme que sente, que vibra, que sonha, que quer ouvir os sons da voz, que pensa, que investiga e que abre as asas e que voa, se parar de pensar antes de atirar-se do topo da sua árvore cá para baixo...
às vezes também eu queria ser como tantos outros heróis que tenho mas, pensando bem, não quero ser nenhum deles. A vida tem momentos aborrecidos até mesmo para os heróis, como sabemos. E o pior aborrecimento, para os nossos heróis e artistas, é o facto deles saberem que esperamos sempre demais das suas acções. É aborrecido saber que não se pode falhar...
Sim, um quebra copo a estourar num destes dias é uma ideia.
um bj.
c.
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